quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

NOTÍCIAS DO CIRCO


D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, declara que o acesso aos sacramentos por parte dos católicos recasados só deve ocorrer em circunstâncias excecionais, e após um longo caminho de discernimento. Na avaliação de cada situação, que caberá em primeiro lugar ao seu confessor, estes crentes que se divorciaram de um primeiro casamento, devem ser aconselhados em primeiro lugar a uma vida em continência na nova situação, ou seja abstendo-se de relações sexuais.

 O teólogo Anselmo Borges não poupa críticas ao patriarca:

«Não faz sentido estar a admitir que estão casados, por um lado, e pedir-lhes que não tenham vida sexual, por outro».

Em que século vive a igreja?

No século passado, mais concretamente a 3 de Abril de 1982, aquando do debate, na Assembleia da República, sobre a legalização do aborto, o deputado do CDS, João Morgado, disse que o acto sexual é para ter filhos.

Natália Correia em resposta a João Morgado, chutou-lhe uma pérola poética que ficou para a História:

Já que o coito — diz Morgado —
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou — parca ração! —
uma vez. E se a função
faz o órgão — diz o ditado —
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.

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