quinta-feira, 17 de agosto de 2017

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Hugo Correia Pardal foi, durante mais de quatro décadas, um dos mais importantes pedagogos do Reformatório de S. Fiel. onde desenvolveu uma obra ímpar de formação profissional de jovens desamparados,  com problemas familiares ou de integração social.

Do jornal Reconquista de Castelo Branco:

«Com 73 anos de idade, faleceu no dia 1 de Abril de 1976, o assíduo e estimado colaborador de Reconquista, de longa data, Hugo Correia Pardal. Uma das suas últimas sugestivas crónicas, a intitulava ele - como uma premonição - «São horas .. .» Era a evocação de um sincopado diálogo de dois velhos que, diariamente, no banco do jardim dos reformados se encontravam: «cá estamos'» ... e se despediam, «são horas .. .», até que um dia o duo se desfez. Um dos velhotes jamais voltaria. Em vão o companheiro o esperava. 'Não estranhou, contudo. É que os velhotes têm sempre consigo - assim terminava a sua crónica - a outra companhia que se lhes entremostra na presença de uma sombra em cada hora a seu lado mais íntimo e familiar. Por isso também ele não voltou, e Deus sabe porque abalando disse pela última vez, só para si e para mais nínguém: - «São horas.»

Na edição do Jornal do Fundão de 12 de Abril de 1997, o leitor António Alves Ribeiro recordava:

«Hugo Correia Pardal foi um grande poeta, professor e pedagogo! A sua poesia ou prosa, escritas sempre com tinta roxa e com aparos dos antigos, eram mensagens tão simples e significativas que mais pareciam a cartilha da verdade.»

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